Residência A&R
[projeto] Brasília, DF Ano do projeto: 2021 Autoria: Thiago de Andrade e Manoel Fonseca Colaboradores: Ana Carolina Moreth, Angelina Trotta, Gustavo Santos, Pilar Pinheiro Sanches e Raquel Vitória Memória: Esta residência foi projetada para o público internacional, mais especificamente o corpo diplomático. Assim, o programa considerou aspectos de segurança e eventos de recepções e festas que acabaram por determinar duas de suas principais características e estratégias:
Em seu térreo, a casa é dividida em três alas, a primeira de chegada, garagem, serviços e uma pequena sala de recepção para reuniões e encontros rápidos de eventuais embaixadores inquilinos. A segunda com varanda, churrasqueira e cozinha. A terceira de sala de estar e dormitório de hóspedes. No pavimento superior, acessível por rampas e uma escada, estão os quartos sobre a varanda e o quarto principal, com escritório privativo e academia de ginástica na ala final, sobre a sala de estar. O suave declive rumo ao fundo do lote permitiu criar três patamares, com dois desníveis de 72cm, a partir do qual se desenvolve o sistema de rampas a partir do pavimento mais alto, que é o de chegada. O pavimento superior, dos quartos, ao contrário, permanece sempre no mesmo nível, assim, os pés-direitos vão aumentando e a sala de estar tem altura de cerca de 3m. A estrutura de concreto armado e lajes apoiadas diretamente sobre os pilares garante que os tetos do pavimento térreo sejam lisos e livres de qualquer barreira. Grandes vigas invertidas amarram os blocos entre si e entre os muros, configurando um pergolado e os próprios limites ideais dos pátios. Uma raia de 25m de comprimento para treinos do proprietário triatleta ultrapassa esses pergolados, cujo ritmo ajuda nas medições intermediárias do nado. Uma pequena “praia” de acesso e segurança para crianças e animais domésticos é criada entre as duas alas sociais. Para uma casa complexa, acreditamos ter criado surpresas conscientes e uma capacidade de leitura que depende do deslocamento nos eixos propostos pelos caminhos que ladeiam os jardins. As mudanças sutis de níveis invocam escalas que vão do solene à informalidade, aliando a formalidade do ambiente diplomático à singeleza dos generosos espaços abertos da arquitetura brasileira. |