Hotel Fazenda São Francisco
[projeto] Taquaruçu, Tocantins Ano do projeto: 2011 Autoria: Thiago de Andrade Colaboradores: Isabela Oliveira, Carlos Henrique de Lima, Giovanni Calabrese, Larissa Lessa, Alice Menezes e Natália Costa Logomarcas e vídeo: Duplo Fotografia e Imagem Arqº e fotógrafo Ricardo Theodoro Imagens renderizadas: Gustavo Santos Memória: A cidade de Palmas tem pouco mais de 223.000 habitantes. Entretanto, entre os censos de 2000 e 2010 apresentou o maior crescimento do país, da ordem de 5,21% ao ano. Localizada no recente Estado de Tocantins está bastante próxima a grandes polos turísticos do estado: Jalapão a leste, Rio Araguaia e Ilha do Bananal a oeste, cidades históricas do colonial goiano ao sul e, mais importante, os biomas que transitam do cerrado para a floresta amazônica. Este é um projeto desafiador que visa articular diversos usos coletivos numa fazenda, que hoje apresenta pouca frequência pública. A Fazenda São Francisco está localizada em uma região a cerca de 30 quilômetros de Palmas, e a cerca de 5 quilômetros de Taquaruçu, com bonitas serras e chapadas escarpadas, várias cachoeiras e quedas d´água, vegetação do cerrado a matas mais fechadas, com cachoeiras e alguns corpos hídricos de pequeno porte e até pinturas rupestres. Nessa fazenda foi pensado um hotel fazenda com um núcleo central edificado com quartos e amenidades concentrados, e mais uma série de chalés dispersos nas matas. Em toda fazenda, carente de marcos edilícios visíveis e pré-existentes, foi necessário extrair da topografia, orientação solar e das visadas circundantes, a própria lógica da ocupação. Assim, para todos os equipamentos coletivos, foi pensado uma implantação em dois patamares com desnível de 2m. Esse desnível seria contido por um arrimo de pedras e as edificações se assentariam ainda cerca de 60cm acima dos patamares mais altos, configurando, assim, um pé-direito simples no patamar inferior. Com essa estratégia de implantação, o núcleo central do Hotel Fazenda dispôs dois edifícios prismáticos que abrigam os quartos individuais nos patamares superiores, enquanto as funções coletivas e sociais desenvolvem-se em mais dois patamares sucessivos que são conectados por lajes que viram rampas em suas dobras, levando o usuário até a piscina de grandes dimensões do patamar mais baixo do terreno. |