Residencial PTL
[projeto] Ouro Branco - MG, 2008 Autor: Thiago de Andrade Colaboradores: Virginia Manfrinato, Filipe Berutti Monte Serrat, Carlos Henrique Magalhães, Alice Menezes e Alexandre Pirrard. 3d: Thiago de Andrade
Memória A partir de um primeiro estudo cuja implantação se dava em “T” assimétrico no no meio terreno, corrigiram-se algumas percepções após as críticas pertinentes e mais 2 visitas in loco. Decidimo-nos por apresentar esta proposta radical em termos plásticos e estéticos, síntese da posição/oposição em relação ao lote original, ao entorno, e principalmente de uma situação relacional, nunca mimética, da paisagem construída x paisagem natural. Radical em seu exterior definido por planos brancos laterais, poucas aberturas e um volume superior que pesa sobre uma fina linha de laje em concreto aparente, voando em balanço sobre outro plano de cobogó pré-fabricado em concreto ou aço, conforme detalhamento e orçamento. A área de lazer cresceu, ficando mais espaçosa e configurada de forma retangular, tendo a piscina em raia posicionada ao longo da fachada sudoeste, terminando em piscina coletiva com 3 profundidades. O módulo estrutural escolhido foi o de 4x4m. Simples e de pequenos vãos permitirão uma estrutura mais leve, laje mais fina e cômodos bem proporcionados. Dois jardins internos separam funções e tornam a casa mais circular, definindo zonas e alas praticamente imperceptíveis à primeira vista. Os pontos a seguir sintetizam a nova proposta adotada: - Quartos voltados para NNO em função da vista e entrada de calor no inverno. - Partido ocupa meio do lote, caracterizando melhor a fachada frontal, resolvendo problema de segurança sem “gradear a rua”. - Valorização da vista para a serra para todos os quartos com a garantia de futuro desimpedido, entretanto o terraço permite outra escala de apropriação da vista e do horizonte. - Espaços mais úteis, flexíveis e racionais. - Modulação rigorosa e exigente. - Possibilidade de enclausuramento de áreas problemáticas acusticamente = Salas de TV e música. - Jardins fazem transições funcionais, resolvem níveis e iluminam a casa, minimizando a sensação de “completo interior”. - DCE reversível em mais uma suíte. - Entrada cotidiana estrategicamente posicionada. - Escritório perto da entrada ou com entrada própria, direto na fachada e com acesso individual ao lavabo. - Suíte de hóspedes adaptada aos Portadores de Necessidades Especiais. - Pilares de aço modulam os espaços, apontam os eixos estruturais e aparecem francamente no espaço. - Poucas paredes (superfícies opacas), muito vidro (transparência). - Closet e banheiro das suítes principais independentes do tráfego do quarto. Aspectos plásticos: - Plástica mais radical, compositiva, predominância de planos e suas superfícies. - Gradação intelectiva do terreno por meio de duas empenas laterais, definidoras da intenção primeira do partido. Lê-se a oposição ao terreno original, assim como evidencia os aterramentos necessários. - Compõe a rua por meio de fachada anunciada, aparentemente óbvia e mimética à primeira vista, mas acrescenta à percepção estética do espaço urbano e conversa com as do entorno por grave oposição formal, radical, mas com cara de casa. |