Residência Leo e Julia
[não construído] Ano do projeto: 2009 Autores: Thiago de Andrade Colaboradores: Alice Menezes e Matheus Resende
Memória Trata-se de uma residência para um jovem casal em um lote de 450m2. Após outros estudos com maior área e programa mais extenso, chegou-se a esta proposta sintética, de apenas 172m2, estruturalmente simples e de pouca modificação no terreno original. Buscando-se uma linguagem expressiva tirando partido da lógica estrutural da madeira, configuraram- se dois blocos ou pavilhões: o primeiro, à altura da rua, configura um pilotis que servirá de garagem, sendo que o quarto de serviço e depósito ao lado, estão ladeados pelo muro de arrimo que faz a contenção da única área aterrada do projeto, um pátio nivelado com a rua que fará o acesso de pedestres através do escritório. Assim, configura-se um pequeno terráreo na frente da casa, destinado a árvores e paisagismo, e evita-se a colocação de uma grade ou portão, deixando-os, se houver necessidade para o pavimento inferior no limite da garagem. Os dois pavilhões, claramente definidos em termos de suas funções, são ligados pela escada e circulação horizontal, configurando um “H” que possibilita boas áreas envidraçadas, boa insolação e dois pequenos pátios arborizados que integrarão o paisagimos da casa fazendo parte das áreas sociais. Este desenho em “H” permite uma ligeira separação das funções, sem contudo, isolá-las, muito bem-vinda para uma casa que receberá visitantes para festas e que futuramente abrigará também crianças. O pavilhão térreo recebe as funções de sala de estar e jantar, varanda, cozinha, lavabo social que poderá também servir de apoio à piscina, e área de serviço. O pavilhão de dois pavimentos recebe as duas suítes, quartos e escritório no pavimento superior, e garagem, quarto e banheiro de serviço e depósito no pavimento inferior. A garagem foi pensada de modo a poder ser integrada e dar continuidade à varanda em dias de festas e encontros maiores, bem como as grandes aberturas da sala caracterizam esta vontade de integração social entre os diversos cômodos, aqui não compartimentados, mas parte de uma grande idéia de espaço. A opção pela estrutura em madeira dá-se pela rapidez na montagem e pela opção de um sistema único de construção, uma vez que na proposta anterior havia sempre a estrutura da cobertura em madeira. Logo, acrescenta-se muito pouco para se realizar a estrutura totalmente em madeira, apenas os pilares e algumas vigas. Entretanto, o orçamento irá dizer se esta opção será mantida ou se a estrutura mista, madeira e concreto, será a utilizada de fato. Os trabalhos e movimentações de terra serão minimizados pela opção de implantação adotada, sendo realizados apenas pequenos cortes e uma área de aterro concentrada. No caso de edificação da piscina na primeira empreitada da obra, esta terra removida poderá inclusive ser usada no próprio terreno. Desta forma, acreditamos ter conseguido, em uma edificação de área diminuta, atender à maioria das exigências do casal, uma casa simples, com ares de campo, com grande presença de madeira e materiais naturais, e com a presença constante de uma vegetação que será objeto de diversão e cuidados posteriores por parte dos proprietários, uma vez que não existe vegetação original no terreno. |